>Roteiro Jardins (com vídeo)
>Museu da Casa Brasileira – MCB / Restaurante Capim Santo
>Museu da Imagem do Som – MIS / Pipo Restaurante
>MuBE – Museu Brasileiro da Escultura e da Ecologia
>Casa Museu Ema Klabin

Se você optar por almoçar no Capim Santo do Museu da Casa Brasileira terá a oportunidade de ver um acervo muito interessante de design histórico da movelaria brasileira (exposição permanente) e seguramente alguma exposição contemporânea sempre em rotatividade, além de desfrutar de um jardim magnífico. Uma opção excelente para finais de semana ou dia de sol.
Lá fica um dos meus restaurantes preferidos: o Capim Santo da premiada chef Morena Leite, em um ambiente descontraído e tudo muito aberto com conexão ao jardim, bem agradável. A experiência é das mais incríveis, por sua culinária de inspiração baiana brasileira e técnicas contemporâneas. Experiente o Ceviche de Peixe com Coco.
Por falar em roteiro, é um pouco longe (cerca de 10 a 15 minutos a pé), mas você poderia ir ao MIS, um dos 10 Museus mais visitados na cidade, sempre com excelentes exposições e com o não menos importante Chef Felipe Bronze, assinando os pratos do Pipo que fica dentro do Museu. Ao lado, o vizinho MuBE (Museu Brasileiro da Escultura e da Ecologia) idem maravilhoso! E se der tempo é só atravessar a avenida e ir à Casa Museu Ema Klabin.

>Roteiro Pinheiros/Vila Madalena
>Instituto Tomie Ohtake / Casa Capim Santo
>Beco do Batman / Banana Verde

No final da Avenida Faria Lima (portanto próximo ainda do MCB e do MIS), outro roteiro turístico de gastronomia e cultura: ir ao Instituto Tomie Ohtake, uma espécie de galeria de arte contemporânea dedicada ao acervo dessa famosa artista plástica e que também tem sempre uma exposição atual baseada em olhar artístico contemporâneo.
E aqui temos novamente a Chef Morena Leite assinando a Casa Capim Santo, com cardápio mais enxuto, mas igualmente saboroso e digno de boas experiências. Mais uma dica: experimente o Baú de Dendê com Crispy de Peixe (inspiração japonesa com pegada baiana).
Pegue um táxi ou Uber e aproveite para caminhar no famoso Beco do Batman (a 5 minutos de carro do Tomie Ohtake), com seus grafites de reconhecimento internacional (os gringos adoram). E lá minha dica é ir ao restaurante Banana Verde da Chef Priscilla Herrera, caso você não tenha ainda almoçado (é também ótimo para o jantar). Experimente o Risoto vermelho com Shitake, uma delícia! (o Banana Verde é tipo meio vegetariano).

Vamos ao Centro Histórico?

>Roteiro Centro 1
>Farol Santander / Boteco 28 e Bar do Cofre SubAstor
>CCBB / Restaurante Salve Jorge

Opaaa! Aqui é muita Cultura e Arte! O Boteco 28, com criações da Chef Mayra Aguiar e agora com o simpático Chef Deivid, é uma experiência saborosa, inspirada de certa maneira no famoso músico paulistano Adoniran Barbosa. Você pode experimentar a “marmita” que ele cita em uma de suas músicas, ou releituras como o Baião de Dois (mas à paulista – risos). Ah, quem tem coragem experimenta a Farofa de Içá, o caviar dos paulistas! Iça para quem não sabe é formiga! Algo bem cultural essa pegada agora.
Acontece que o Farol Santander é sensacional e não por acaso recebe tantos visitantes (1.600 por dia), então fazer reservas aqui é fundamental! São vários andares com exposições temporárias, sempre de tirar o fôlego. Realmente sensacional essa visita cultural e artística.
Programa para todo um dia e que pode culminar no famoso Bar do Cofre SubAstor (no subsolo do prédio). Vá comemorar seu passeio onde milhões de dinheiro estiveram por lá (era o cofre do Banco do Estado de São Paulo, o Banespa).
Ainda a pé e no mesmo roteiro temos o Centro Cultural Banco do Brasil com restaurante Salve Jorge
E outra dica, pertinho, na mesma calçada tem o Salve Jorge, um clássico restaurante paulistano de três andares e você pode tomar só um chopp ou comer algo típico da cidade, ou seja, tudo! Pois aqui vale tudo e de todo lado… bem paulista isso.
E se você for mesmo da arte e cultura estenda seu passeio ao Centro Cultural Banco do Brasil, com sempre belas exposições e dá pra ir a pé, pois são só duas quadras. Além disso, o prédio onde está instalado é belíssimo.
Não se preocupe tanto com segurança no Centro, apesar de obviamente ficar apreensivo, está bem policiado, só não bobeia, claro, com celular na mão.
Quer mais Centro? O Centro da cidade tem muitas atrações.
Claro tem o Páteo do Colégio e o Mosteiro de São Bento, dá para fazer tudo a pé se você tiver como ponto central o Farol Santander. Aos domingos tem o brunch no Mosteiro, uma vez por mês, de domingo na Catedral da Sé com a Chef Gil Gondim. E temos órico de citar os jantares musicais na Casa de Francisca, vale pesquisar se vc for emendar lá pelo centro histórico!

>Roteiro Centro 2
>Theatro Municipal / Bar dos Arcos
>Sesc 24 de Maio / Comedoria

Visitar o Theatro Municipal (visita guiada) e almoçar no restaurante do Bar dos Arcos. O ideal é ir nas catacumbas do Theatro (daí o nome Bar do Arcos), após as 18h abre o bar e aí as experiências são incríveis.
Nesse roteiro, a pé você visita também o Sesc 24 de Maio, excelente experiência em exposição, e, se quiser pratos bons e baratos, lá tem a Comedoria.

>Roteiro Centro 3
>Pinacoteca / Restaurante Flor Café
>Museu Língua Portuguesa
>Museu Arte Sacra
>Sala São Paulo / Restaurante da Sala

E finalmente (no Centro) tem ainda as sugestões importantes: o Museu da Língua Portuguesa (imperdível), a Pinacoteca do Estado (imperdível) e o Museu de Arte Sacra. Os três são possíveis de fazer em uma saída e a sugestão é um lanche honesto ou almoço no restaurante Flora, que fica na Pinacoteca; a dica é pegar uma mesa na área externa com vista para o lindo Parque da Luz, e sugiro o honesto e bem barato Picadinho com arroz e mandioca. O Museu da Língua Portuguesa, um dos mais visitados na cidade e único museu dedicado a uma língua, (e onde tem boa lanchonete) fica bem em frente a Pinacoteca e o Museu de Arte Sacra um pouquinho mais longe, mas dá para ir a pé.
Se der tempo… tem a Sala São Paulo, não é de artes plásticas, mas da música de qualidade, de excelência! E lá tem bom restaurante também, chama-se justamente Restaurante da Sala São Paulo.
É impossível listar tudo e nosso intento é sempre relacionar gastronomia com arte, mas não ache que esse roteiro esgote tudo, não! Por exemplo, ainda na região central poderia visitar dois importantes Museus: o Catavento (dedicado a ciências e ideal ir com crianças) e o excelente Museu da Imigração; porém ambos não têm ainda boas opções na gastronomia, idem por exemplo o Museu do Ipiranga (mais afastado do Centro, no bairro do Ipiranga).

Vamos pra Paulista?
São tantas as opções que separamos em 4 roteiros.

>Roteiro Paulista 1
>IMS – Instituto Moreira Salles/ Balaio
>Conjunto nacional / Blue Note

Conhece o famoso chef Rodrigo Oliveira do restaurante Mocotó? Ele criou o restaurante Balaio que fica no térreo do IMS – Instituto Moreira Salles, um museu privado de Cultura Brasileira. São vários andares de exposição e cinema, e não deixe de ir na livraria que é meu xodó. Um programa maravilhoso esse de almoçar no Balaio, visitar o IMS e ir pela Paulista até o Conjunto Nacional, onde às vezes tem exposição nos corredores, tem eventos como Casa Cor, e a famosa Livraria Cultura. À noite lá tem shows de jazz no restaurante Blue Note!

>Roteiro Paulista 2
>Hotel Rosewood / Blaise – Le Jardin – Rabo di Galo – Taraz
>MASP / A Baianeira
>Centro Cultural FIESP/ Patisserie Douce France

Conhece o novo Hotel Rosewood?
Tive uma experiência incrível com uma visita guiada pelo “concierge artístico”, ou seja, por uma hora ele guia um grupo de visitantes em todos andares e corredores (incluindo elevadores), com uma inusitada curadoria que apresenta artistas e fotógrafos em cada espaço, culminando na Capela Santa Luzia, com o vitral assinado por Vik Muniz.
E como se não bastasse, nesse complexo artístico cultural há cinco restaurantes! Todos de nível internacional, incluindo o Taraz, de inspiração latino-americana, com menu assinado também pelo Chef Felipe Bronze. Minha dica é experimentar o Ceviche de Tucupi com Milho e batata doce. E, se der, vá também ao Bar Rabo di Galo, ao menos para ver a pintura do teto feita pelo artista plástico “Cabelo”. Que atmosfera Comer com Arte tem nesse espaço Rosewood, super caro, mas vale cada centavo!

No mesmo roteiro, tudo a pé temos o Centro Cultural Fiesp com o excelente café Douce France, bom para sobremesas. E temos mais o quê? O mais internacional dos museus brasileiros: o MASP!
Nem requer apresentação, mas, só para lembrar, se você quer ver de perto autênticos grandes nomes da pintura mundial como Delacroix, Renoir, Monet, Cèzanne, Picasso, Modigliani, Toulouse-Lautrec, Van Gogh, Matisse e Chagall e tantos outros…. tem que ir lá! E fazer sua experiência gastronômica no Baianeira da Chef Manuelle Ferraz, uma culinária regional descomplicada de inspiração baiana e mineira de primeira linha, algo que te fará feliz certamente. Dica: experimente o menu especial de degustação chamado “Um punhado de Cada Coisa”.

>Roteiro Paulista 3
>Sesc Paulista / Comedoria
>Casa das Rosas / Caffè Ristoro
>Japan House / Aizomê
>Itaú Cultural

Pois é … São Paulo é grande. Sim, grande, saborosa e generosa, essa cidade é maior do que a gente pode imaginar e aqui você tem só uma pequena parte da história, pode ter certeza.
Na Avenida Paulista, outro roteiro conjugado reúne o Itaú Cultural, o Sesc Paulista, a Casa das Rosas e a Japan House.
No Itaú Cultural o acervo é instigante para conhecer a iconografia brasileira, super vale a pena ir (não tem restaurante). No Sesc Paulista, bem ao lado, (onde tem a Comedoria) sempre encontrará boas exposições de arte e brasilidade. E aqui você tem um mirante com a melhor vista aérea da Paulista, obrigatório para uma selfie!
Perto, e a pé, tem a Casa das Rosas, local de poetas e literatos (onde tem o simpático Caffè Ristoro, ao ar livre, nos jardins da Casa), e finalmente a Japan House, prédio moderno dedicado a exposições temporárias oriundas do Japão e uma culinária sofisticada do Aizomê, assinado pela Chef Telma Shiraishi, que indico muito se você é fã dessa experiência gastronômica japonesa. É mais um destaque na cidade.

>Roteiro Vergueiro / Liberdade
>Centro Cultural São Paulo / Restaurante Nortic
>Casa de Portugal / Restaurante Mugui

Se sobrar tempo … tem que pegar o carro e em dez minutos (do início da Paulista) estará no Centro Cultural São Paulo e suas importantes Biblioteca e Discoteca, além de exposições temporárias, teatro e shows musicais. O restaurante Citron ficava lá mas fechou e agora terá um restaurante self service mais popular, mas que dá conta para uma refeição ou lanche simples.
Ali perto, na Avenida Liberdade fica o espaço de cultura portuguesa, a Casa de Portugal, com biblioteca e exposições sempre interessantes. E se você for aos domingos aproveite e faça uma visita à popular Feira da Liberdade, com várias opções de restaurante, como o Mugui, japonês, considerado o melhor ali do bairro.

>Roteiro do Polo da Freguesia do Ó
>Casa de Cultura / Restaurante Frangó

Por falar em popular, quer conhecer de fato uma culinária paulistana? Isso significa juntar um pouco de tudo: do caipira, do italiano, do mineiro, do alemão… enfim o Polo Gastronômico da Freguesia do Ó é um passeio gastronômico imperdível para quem quer ver coisa autêntica! Fica em torno da Igreja Nossa Senhora do Ó, na Praça de mesmo nome, que lembra cidade do interior. E lá tem o Centro Municipal de Cultura com exposições bem interessantes, a última mostra foi do importante artista muralista, o Kobra. Fica mais afastado do Centro, mas é uma excelente experiência para conhecer bem nossa cidade. Sugiro, que escolha almoçar no Frangò, dá pra ser um almoço típico paulistano, ainda que o prato mais famoso seja sua premiada coxinha de galinha.

>Roteiro Morumbi
>Fundação Oscar Americano / Salão de Chá
>Acervo do Palácio do Governo / Restaurante Páteo do Palácio

Tem mais? Puxa se tem! Por exemplo, a Fundação Luiza e Oscar Americano com diversificado acervo da história do Brasil, em especial do período da monarquia e seu requintado salão de chá (um programa super agradável sobretudo quando tem as audições musicais ao ar livre).
E o acervo artístico do Palácio dos Bandeirantes (com restaurante) muito pouco conhecido pelos turistas, mas com muitas obras importantes, e de muita beleza histórica, como o painel São Paulo – Brasil, do artista plástico Antonio Henrique Amaral, escolhido por concurso para decorar o Salão Nobre.

>Roteiro Higienópolis
>Museu do Futebol / Restaurante Bubu
>MAB – Museu de Arte Brasileira da FAAP
>Paço das Artes / Le Jazz

Quando a gente pensa que acabou … tem mais e tantos outros, como o MAB – Museu de Arte Brasileira da Faap, onde, logo na entrada você se depara com o magnífico vitral e seu Jardim das Esculturas (sugiro almoçar/jantar no restaurante Paris 6, ali pertinho, na praça Vilaboin, que tem vários restaurantes estilo bistrô).
Bem próximo, tem o famoso Museu do Futebol (sugiro almoçar no restaurante do Museu, o Bubu, simples e bem agradável).
E tem também em Higienópolis o Paço das Artes, pequena, mas instigante galeria de arte contemporânea do Estado, (sugiro almoçar no Le Jazz, no Shopping Higienópolis).

>Roteiro Ibirapuera 1
>Museu Afro Brasil / OCA / Selvagem Bar e Restaurante
>MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo / Restaurante Prêt

O Ibirapuera é o maior parque da cidade e um dos mais bonitos do mundo! Aqui tem programações de passeios incríveis e um só dia é pouco.
Pensamos para o turista que poderia separar em uma visita a OCA e ao importante Museu Afro Brasil e isso combina super com um dos melhores restaurantes da atualidade em São Paulo que é o Selvagem, dentro de uma mata interna no Parque (bom para almoço ou jantar) o belo Museu de Arte Moderna também nos brinda sempre com belas exposições e lá tem um simpático self service, o Prêt, se for o caso de não ir ao Selvagem… Isso sem falar no prédio da Bienal, ali ao lado, e da sua padaria “Pão”, tem de vir com fome dupla pra tanta arte e sabor!

>Roteiro Ibirapuera 2
>MAC USP Museu de Arte Contemporânea / Restaurante Vista

Pois então, o Ibirapuera é tão grande que uma parte dele é cortado por uma enorme avenida, a 23 de maio, mas tem uma ponte de pedestres ligando ao Parque. No entanto sugiro separar esse roteiro de forma isolada pois o estacionamento é longe, bem… no Ibira tudo é longe afinal é um super parque!
Adoro ir nesse Museu vertical por três motivos: Pelos seus vários andares de arte contemporânea, pela vista absolutamente fantástica e instagramável que se tem lá de cima e pelo excelente restaurante que aliás incorporou no nome o conceito: chama-se Vista , e ele é tão bom que os paulistanos super frequentam, sobretudo no jantar (tem de ir) e aos sábados/domingos em dias de sol para o almoço.

Venha com fome pra São Paulo! Com fome de cultura, de arte e de experiências em gastronomia, você verá que aqui terá uma infinidade de maravilhosas opções de conteúdos e sabores.
André Boccato
Verão de 2023